Dilemas sobre sustentabilidade, responsabilidade social, coleta seletiva e destino de resíduos sólidos, preservação da biodiversidade e recursos naturais do planeta exigem da sociedade a busca incessante por soluções. O mercado tem oferecido um espaço promissor para profissionais com condições de lidar com esses problemas.
Consequentemente, a procura por cursos na área é cada vez maior. Um exemplo é a pós-graduação lato sensu em "Meio Ambiente e Sociedade" da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), que traz uma abordagem sociológica da sustentabilidade.
"O curso existe há quase 15 anos. Mas, de três anos para cá, a procura aumentou significativamente", afirma a coordenadora do curso há oito anos, Maria Cláudia Mibielli Kohler, bióloga, especialista em gestão ambiental e mestre em saúde pública.
"Não há ambiente sem sociedade, o homem está inserido nele. O consumo excessivo e a economia globalizada são assuntos que dizem respeito aos diversos setores da economia, da política e da sociedade como um todo", explica.
"Lecionado por um corpo docente presente também no mercado de trabalho e não apenas na sala de aula", como enfatiza a coordenadora, o curso procura oferecer uma visão multidisciplinar das questões ambientais para gerar instrumentos que permitam analisar e diagnosticar a realidade socioambiental, além de elaborar projetos para o desenvolvimento sustentável.
A principal proposta é fazer o aluno debater e pensar a respeito dessas questões. "Ninguém sai com uma fórmula pronta, a intenção é capacitar o profissional a refletir sobre as situações presentes e as possíveis soluções para cada uma delas - criar uma visão generalista", diz.
A quem pode interessar
Temas como o comportamento da sociedade, questões políticas e econômicas envolvidas nestes processos, responsabilidade inerente ao poder público, à iniciativa privada e à sociedade civil, além do próprio meio ambiente, fazem parte da grade do curso.
De acordo com a coordenadora, ele é indicado para "qualquer profissional que se interesse pelo estudo da relação meio ambiente-sociedade, além daqueles que queiram se preparar para ingressar em cursos de mestrado ou doutorado na área, ou ainda membros de ONGs e movimentos pró meio ambiente".
"Creio que a maior parte dos profissionais é de jornalistas que procuram se especializar no tema, justamente por estar presente nos diversos meios de comunicação. Mas temos, entre outros, biólogos, administradores, sociólogos - muitos jovens, mas também alunos de até 60 anos de idade", conta.
As matrículas são abertas a cada seis meses. O curso tem duração de um ano e meio e as aulas acontecem duas vezes por semana com duração de três horas e meia cada.
Para saber mais:
www.fespsp.org.br/pos
Matéria produzida para o site Bradesco Universitários em 6/10/2009.