As vendas de celulares e equipamentos de informática, como computadores pessoais, notebooks, impressoras, crescem ano a ano no Brasil, o que é uma ótima notícia. Porém, se mais brasileiros estão tendo acesso a esses bens, mais rapidamente, e em grandes volumes, eles passam a ser descartados também.
Não é de surpreender que um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em 2011 tenha revelado que somos os líderes entre os países emergentes em produção per capita de lixo eletrônico. São 96,8 mil toneladas de computadores e outros itens descartados todos os anos no país, 0,5 kg por pessoa.
E quando dizemos ''descartados'', isso significa, em geral, que PCs, televisores, celulares, baterias acabam no lixo comum, depositados em lixões e poluindo com substâncias tóxicas solo, lençóis freáticos e rios, e, consequentemente, a água e os alimentos consumidos por todos.
Entre os metais presentes nesses equipamentos e que causam doenças sérias estão cádmio, mercúrio, chumbo, berílio, lítio, níquel, zinco, cobalto, bióxido de manganês.
No mundo inteiro buscam-se soluções para o lixo eletrônico. No Brasil, em 2010 foi sancionada a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina o destino correto a ser dado a resíduos como os de eletroeletrônicos. (Veja mais em ''Você e a Política de Resíduos Sólidos'').
Entre outras coisas, essa lei define que todos somos responsáveis - fabricantes, governos, importadores, consumidores etc. - pelo descarte desse lixo de forma a não prejudicar o meio ambiente e a saúde e ainda a reaproveitar parte dele. É aí que você entra nessa história.
Veja o que fazer com...
Computadores, cartuchos e outros itens de informática
Em São Paulo, o Centro de Computação Eletrônica (CCE) da Universidade de São Paulo (USP) criou o Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir), que recebe computadores, peças, impressoras e todo tipo de equipamento de informática e telecomunicações. Os interessados devem agendar a entrega pelos telefones (11) 3091-6454/6455/6456 ou pelo e-mail consulta@usp.br. Mais informações pelo e-mail cedir.cce@usp.br.
Outros endereços em São Paulo que recebem itens de informática: Museu do Computador (www.museudocomputador.com.br); Associação Brasileira de Distribuição de Excedentes (www.abre-excedente.org.br) - mas, nesse caso, preferencialmente equipamentos que ainda podem ser usados; as oito unidades do Hospital Albert Einstein (www.einstein.br).
Para descartar cartuchos de impressoras: pelo menos duas grandes fabricantes criaram sistemas para receber cartuchos usados, HP e Lexmark. As instruções estão nos sites www.hp.com.br/sustentabilidade/reciclar e www.lexmark.com.br.
Celulares, carregadores, pilhas e baterias
Os fabricantes de celulares recolhem os aparelhos. Para saber mais detalhes, acesse os sites: www.samsung.com.br; www.motorola.com.br ; www.sonyericsson.com.br ; www.nokia.com.br.
As operadoras também recolhem em suas lojas por todo o país. Veja mais em www.claro.com.br; www.vivo.com.br; www.tim.com.br; www.oi.com.br.
O Grupo Pão de Açúcar, em parceria com a Nokia, criou o Programa Alô Recicle e recebe em suas lojas celulares, baterias e carregadores. Mais detalhes: www.grupopaodeacucar.com.br.
Qualquer eletroeletrônico, em todo o Brasil
Em todo o país, os endereços que recebem lixo eletroeletrônico - de celulares a geladeiras - podem ser consultados por meio de um sistema de busca, o programa E-lixo Maps, criado para o site www.e-lixo.org. A iniciativa é do Instituto Sergio Motta em parceria com outras instituições.