Mercado em plena ascensão, principalmente nos países emergentes, a internet está longe de apresentar segmentos em fase de saturação, mesmo porque uma parte dos futuros consumidores ainda não tem acesso a ela. Há espaço de sobra para quem quiser se aventurar na rede para abrir um negócio virtual.
Dois terços dos brasileiros estão conectados à rede, o que significa cerca de 65 milhões de internautas. As classes C e D - representantes da maior fatia da população - estão aderindo à internet em ritmo acelerado devido à queda dos preços dos computadores e ao aumento de postos de acesso em todo o país.
"O interessante da internet é justamente isso! O fato de ela ser extremamente democrática e apresentar um universo ainda por existir para todos os seus usuários, independentemente da classe social, religião, sexo ou idade", afirma Fábio Sosa, gerente de contas do Yahoo Brasil.
A Yahoo! é uma empresa global de internet e uma das mais reconhecidas marcas da rede, que atua nas áreas de comunicação, comércio eletrônico e mídia, oferecendo serviços para mais de 500 milhões de usuários no mundo todo. A Yahoo está no Brasil desde 1999.
De acordo com Sosa, existe uma carência de bons profissionais no mercado online por ser um nicho relativamente novo, o que muitas vezes compromete a prosperidade de uma empresa. Mesmo para quem não pretende liderar um portal empreendedor, segundo ele, há muito espaço para colaborar com essas empresas.
O mercado físico e o virtual
Tanto no mundo virtual quanto no físico há oportunidades para empreendedores que exigem pouco investimento inicial. A diferença é que o ambiente virtual oferece mais opções por ser novo e com muitos campos ainda não explorados.
Além do que, as ferramentas usadas para a construção de um negócio virtual são mais acessíveis, o que diminui os gastos.
Por isso, Sosa acredita que, para ser bem-sucedido na internet, o dinheiro não é o principal quesito, fator que favorece muitos jovens em início de carreira. Antes vêm a boa ideia, a competência, o conhecimento, a disciplina e a dedicação.
Até aí, nenhuma grande novidade, mas o que de fato o difere de um empreendimento físico é que um negócio virtual exige ainda mais agilidade e rapidez na propagação de informações e tomada de decisões, característica presente na cultura da nova geração rodeada de tecnologias.
"O meio virtual é muito mais dinâmico e ágil. Com isso, existe um ganho de tempo e de oportunidades para conquistar os resultados esperados. Por exemplo, uma empresa online consegue acompanhar em tempo real qual produto está vendendo mais para focar a mídia na venda desse produto, ou, até mesmo, verificar o preço da concorrência para abaixar o seu e atrair o consumidor", ele explica.
Ferramentas de apoio
Para ter um espaço na internet que possa se tornar uma fome de renda, é preciso, além de estudar o mercado, saber se posicionar de forma clara e transparente diante do público alvo.
É fundamental oferecer serviços para se relacionar e interagir com o usuário do site, tanto pelos canais básicos, como telefone e e-mail, quanto pelas ferramentas sociais e de informação, como twitter, orkut, face book e flickr.
Isso gera laços de credibilidade e fidelidade e ajuda a descobrir o que o consumidor pensa e fala sobre o site e a empresa, seus serviços e produtos. Porém, muito cuidado, avisa Sosa. Essas ferramentas usadas incorretamente podem comprometer os negócios.
Mercados promissores
Claro que existem muitos mercados já explorados, mas que mesmo assim ainda não estão saturados e, na verdade estão longe disso, como companhias de viagens online, empresas de recrutamento e seleção e lojas virtuais, sejam elas especializadas em algum nicho ou grandes redes de magazine.
Portanto, há espaço para empresas de todos os tamanhos e tipos. Porém, Sosa chama atenção aos nichos ainda pouco explorados, como sebos e locadoras de vídeos online.
"Ainda surgirão vários novos negócios 2.0 dos quais nem fazemos ideia, mas que quando surgirem vão nos fazer refletir e pensar em 'como não tinha pensado nisso antes'. Por isso, se você tiver uma boa ideia e vontade de trabalhar, vá atrás e pesquise para ver se realmente não é uma boa oportunidade de negocio que lhe veio à cabeça", deixa a dica.
Matéria produzida para o site Bradesco Universitários em 16/11/2009.