Participar de uma entrevista de seleção para uma vaga de emprego ou de trainee é um momento de grande tensão para a maioria dos universitários. E a experiência pode ganhar proporções de um pesadelo quando existe a possibilidade de ser testado quanto à fluência em uma língua estrangeira.
Porém, antes de desistir e jogar para o alto o que pode ser uma oportunidade importante, é bom ouvir o que tem a dizer gente experiente nessa matéria. Claudia Shimizu, gerente de soluções empresariais da Seven Idiomas, começa com um conselho simples: não queira demonstrar mais do que realmente sabe.
"Os erros mais comuns (cometidos em uma seleção) ocorrem quando o candidato quer demonstrar uma bagagem de conhecimento que não tem", afirma Claudia.
"A melhor maneira de se sair bem em uma entrevista é conseguir transmitir as ideias de uma forma direta e simples. O objetivo da entrevista não é demonstrar um arsenal linguístico, e sim a experiência profissional e qualidades", ensina.
Segundo Claudia, uma estratégia para se sair bem no momento da entrevista é praticar antes em casa e reproduzir respostas somente com o que se conhece e está habituado do idioma em questão.
"Não adianta querer aprender um vocabulário rebuscado ou mais complexo de um dia pra outro, pois aí as chances de se cometer uma gafe só aumentam", diz.
How do you do?
Se a vaga realmente exigir fluência em uma língua estrangeira, o jovem deve estar preparado para ser testado durante a entrevista. Por exemplo, o recrutador pode intercalar perguntas em inglês durante uma entrevista em português. Nessa hora, a dica é manter a calma, responder sem pressa.
Além do teste oral, a seleção poderá incluir testes escritos - como a redação de uma carta - que poderá ser entregue na mesma hora ou em um prazo combinado.
De acordo com Claudia Shimizu, de fato, atualmente, "um segundo ou terceiro idioma tem um peso muito grande na hora da contratação".
A gerente afirma que "a maior parte das empresas de grande porte coloca o domínio do segundo idioma, inglês e em alguns casos o espanhol, como requisito essencial na contratação".
Os mais jovens, segundo ela, têm levado vantagem nesse quesito. "Quando fazemos mapeamento de proficiência linguística nas empresas, constatamos que os funcionários mais jovens, recém-contratados, possuem um nível muito mais elevado do que os funcionários mais antigos", conta.
Se os novatos levam vantagem na comparação com os profissionais mais antigos, dentro da própria geração, porém, enfrentam competição mais acirrada: "Já vi casos de seleção de trainees em que os candidatos dominavam três línguas além do português", acrescenta.
Matéria produzida para o site Bradesco Universitários em 11/08/2009.