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Música independente dá vigor à cena da MPB
 
Para a Associação Brasileira de Música Independente, que conta com um selo de estudantes entre seus associados, o mercado está absorvendo melhor a diversidade, e as novas tecnologias ajudam os novatos.
 
30 de abril de 2007
por Marcelo Jucá
 

Confesse: você já desejou, mesmo que por um instante, ser um músico famoso. Balançar os longos cabelos como os roqueiros, batucar um samba para o pessoal dançar ou soltar a voz para a platéia se emocionar. Mesmo que não, pelo menos você deve ser um fã da música brasileira, a nossa mais conhecida, amada e vigorosa manifestação cultural.

Para falar de como anda essa música, entervistamos com exclusividade Carlos Andrade, presidente da Associação Brasileira da Música Independente (http://www.abmi.com.br/). Para ele, a fatia da música independente no país hoje está aumentando e vive um momento mais promissor que o da música produzida e distribuída por grandes gravadoras.

Andrade acaba de voltar da Primeira Feira de Música Brasil, que ocorreu em fevereiro em Recife, Pernambuco, da qual a ABMI foi um dos organizadores, e cujo objetivo foi reunir músicos, compositores, produtores fonográficos, gravadoras, editores musicais, fabricantes de instrumentos, associações, representantes do governo e uma gama variada de profissionais ligados à música para discutir um pouco da indústria musical brasileira.

Como pano de fundo, as mudanças de tecnologia e alguns problemas decorrentes destas, como a pirataria de CDs e DVDs.

A primeira afirmação de Andrade é surpreendente. Segundo ele, “o mercado da música nunca esteve tão bem”. E explica: “Os músicos aumentaram a quantidade de shows e apresentações que fazem tanto no Brasil como no exterior, as editoras musicais estão aumentando seu faturamento por conta da execução pública e de novas mídias, como telefonia e internet. Novas receitas vindas de mercados como sincronização e distribuição digital se apresentam no horizonte”.

Mas a pirataria e abuso na troca de arquivos por internet e cópia privada, de acordo do Andrade, têm provocado perdas “duríssimas” para o mercado. Além disso, ele cita o desaparecimento de lojas especializadas, a falta de incentivos fiscais e a ação da Receita Federal, que impede as gravadoras de utilizar o sistema Exporta Fácil, “instrumento fundamental na facilitação das exportações de discos”.

“Isso obriga os produtores, principalmente independentes, a utilizar o sistema complexo de exportação, inviabilizando terminantemente grande parte destas ações”, explica.

Os independentes, dos quais Andrade é porta-voz, são uma novidade boa no panorama musical brasileiro. “Os selos independentes garantem a diversidade cultural e o desenvolvimento da cadeia produtiva da música”, ele diz.

“Eles (os independentes), por serem menores, e, por conseguinte, mais ágeis, estão muito mais dispostos a experimentar com novas tecnologias e formas de comercialização que grandes conglomerados internacionais, os quais dependem de suas matrizes para autorizá-los a experimentar qualquer novidade que venha a se apresentar”, continua.

Além disso, diz Andrade, novos artistas e tendências musicais encontram acolhida em selos e produtores independentes e, por vezes, têm seus primeiros discos lançados por essas gravadoras que os ajudam a dar visibilidade aos seus trabalhos frente ao grande mercado do disco.

Tecnologia a favor

Hoje o músico tem a tecnologia a seu favor e pode produzir trabalhos de qualidade aceitável, tanto em casa como em pequenos estúdios. Pode publicar seu trabalho em sítios na internet como MySpace e Trama Virtual e até mesmo montar uma operação empresarial para seus shows.

Carlos Andrade, presidente da Associação Brasileira da Música Independente explica que, “todavia, quando este pequeno produtor precisar se destacar e chegar às lojas, o trabalho por ele iniciado agora terá a parceria de um selo independente”. Esse selo, explica Andrade, “potencializará sua presença no mercado observando os caminhos já traçados por este artista”. De acordo com Andrade, muitos estrangeiros estiveram presentes à Primeira Feira de Música Brasil, o que demonstra o interesse por nossa música lá fora. “Eles vieram motivados a participar da rodada de negócios promovida pela ABMI e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)”, diz ele.

A ABMI foi fundada oficialmente em janeiro de 2002, e tem sede em São Paulo. Dos 30 selos iniciais associados, a ABMI conta hoje com 104, entre eles alguns já bem conhecidos, como o Biscoito Fino, outros bastante especializados, como o Núcleo Contemporâneo, dedicado quase que exclusivamente à música instrumental, e até mesmo um selo de estudantes, o CPC – Umes (da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas).

Matéria produzida para o site Bradesco Universitários em março de 2007.

 
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