Com 500 anos de existência, o livro apresenta variedade de formas, tamanhos e tipos de papel, mas o objeto, propriamente dito, manteve-se inalterado. Porém, parece que essa história está prestes a mudar. Os leitores eletrônicos de livros digitais estão se popularizando, com aparelhos cada vez mais confortáveis e práticos para as leituras.
Com serviços que vão desde a conexão de rede para baixar as obras via internet, navegação na web (serviço ainda não disponível no Brasil) e armazenamento com capacidade de 1.500 livros, o e-book ou e-reader, como são chamados, ainda são leves, pequenos - pouco maiores que livros de bolsos, com espessura de uma revista - e, em sua maioria, com telas que não emitem luz direta, o que evita o cansaço dos olhos.
Quem já usou aprova. Os comentários mais comuns dos seus consumidores - 3 milhões em 2009 só nos Estados Unidos - elogiam sua praticidade na hora de fazer compras e downloads de livros digitais, sua leveza e, principalmente, portabilidade. Parece que carregar ?os livros? em viagens ou passeios é a grande vantagem do aparelho.
Durante a leitura, o e-reader permite ao usuário que opte pelo tamanho da fonte, marque as páginas, faça anotações, entre outras coisinhas. Mas nem tudo é perfeito, as telas - apesar de serem legíveis com incidência de luz solar - não trabalham por comando de toque e sim por um sistema de botões e não se iluminam, como a tela de um computador, para leituras no escuro.
Aqui no Brasil, o preço varia de aparelho para aparelho, chegando a custar R$ 900,00. Mas a demanda de consumidores promete alterar esse cenário, exigindo dos fabricantes modelos cada vez mais modernos, variados e acessíveis.
Prognóstico
Segundo uma pesquisa realizada pela 61ª Feira do Livro de Frankfurt (2009), o mais importante evento do setor livreiro do mundo, 50% dos jornalistas, escritores, livreiros e editores ouvidos acreditam que os livros de papel serão suplantados pelos eletrônicos até 2018.
Os que duvidam que o livro convencional perderá todo esse espaço argumentam que nada é mais prático do que o bom e velho volume de papel. Além de não exigir nenhuma habilidade, leitura de manual de instrução ou altas somas de dinheiro para ser adquirido.
Será que ele está fadado a virar material de colecionador? Infelizmente, essa é uma pergunta ainda sem resposta. Mas especialistas acreditam que o e-reader veio realmente para ficar, se como complemento ou substituto aí é outra história.
De qualquer maneira, mesmo que seu formato mude radicalmente, os livros continuarão sendo os mesmos, dependendo de um conteúdo para existir.
Matéria produzida para o site Bradesco Universitários em 13/11/2009.