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A arte contemporânea do grafite
 
Já não se discute se o grafite é arte: ele está presente nas ruas e também nos museus, e ajuda a revitalizar construções abandonadas.
 
21 de setembro de 2011
por Marcelo Jucá
 

Muros, bancos, postes, bueiros e outras construções e objetos do mobiliário urbano das grandes cidades vivem dias mais coloridos. Com o reconhecimento do grafite como forma de arte, o preconceito da sociedade diminuiu e os grafiteiros hoje recebem incentivos do governo, são descobertos em projetos sociais e até chamados para mostrar sua arte em museus como o Masp e o MuBe e em eventos do porte da Bienal de São Paulo.
 
O grafite já alcançou o patamar de arte contemporânea no mundo inteiro. O grafiteiro, artista plástico e ativista cultural Rui Amaral afirma que essa manifestação artística urbana está em todos os cantos, em todos os países do mundo.

''O grafite é arte, ele interage lúdica e criticamente com a cidade e com o cidadão'', explica. ''Um painel no meio da cidade pode, de repente, mudar o seu humor, alegrar o seu dia''.  

No Brasil, o grafite chegou no final dos anos 1970 e logo ganhou uma cara própria. Hoje o grafite brasileiro é considerado um dos mais criativos e inovadores do mundo.

Para Rui, o conceito do grafite esbarra na reflexão diária, no diálogo de culturas, gerações e na poesia contemporânea, desafiando o concreto e o abstrato. O artista explica que o movimento parte tanto para o ideal de protesto quanto para o de arte pura.

''Existem muitos grafites que são feitos sem autorização do governo e de ninguém. Mas eles estão lá para passar algum recado, para chamar a atenção. São atitudes de melhoria de um espaço, como um terreno baldio ou os muros de uma biblioteca abandonada'', diz.

Por outro lado, com a popularização da arte dos grafiteiros, secretarias de cultura, ONGs e prédios particulares oferecem seus espaços para a intervenção do grafite. É o que Rui chama de ''grafites legais'', pois foram feitos a pedido dos responsáveis por essas construções.

Dos muros aos museus

Apesar das dificuldades ainda existentes, os grafiteiros brasileiros começam a ser reconhecidos por seus trabalhos por aqui e também no exterior. A dupla de irmãos Osgêmeos é um exemplo do reconhecimento internacional do grafite brasileiro.

Os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo iniciaram a sua trajetória na arte de rua nos anos 1980, em São Paulo. Em 1993, começaram a participar de mostras coletivas e seis anos depois já tinham obras em vários países, como Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos.

Em 2007, foram convidados a pintar o castelo histórico de Kelburn, em Ayrshire, um dos mais importantes da Escócia e, no ano seguinte, pintaram a fachada do prédio da galeria de arte contemporânea Tate Modern de Londres. Por aqui já tiveram seus trabalhos em vários museus e galerias, além de poderem ser vistos na rua, seu habitat natural.

Bienal de arte de rua

Rui Amaral é um dos idealizadores da I Bienal Internacional de Arte de Rua (BIAR), prevista para acontecer no segundo semestre de 2011 em São Paulo.

''É uma ideia muito legal. Estamos conversando com a Secretaria de Cultura sobre todos os detalhes. Faz parte do projeto, por exemplo, grafitar o Minhocão e o Buraco da Paulista'', conta.

Para ele, a arte das ruas devia ser assunto de universidade. Formado em artes plásticas, ele acredita que a arte urbana, onde se enquadra o grafite e a pichação, podem ser temas de aula, módulos e mesmo cursos de extensão. ''É impossível negar sua existência e importância, e acho que, cada vez mais, a arte urbana estará presente nas cidades'', conta.  

Trabalho social

Que a arte educa e humaniza as pessoas, não é novidade. Por isso, Rui trabalha há oito anos com comunidades carentes na revitalização de construções abandonadas e no ensino das técnicas do grafite.

Com o patrocínio de algumas empresas e uma equipe de grafiteiros disposta a melhorar a cidade, ele e sua turma já fizeram projetos impressionantes, como pintar um extenso muro em apenas um dia.

''Foram 300 pessoas trabalhando juntas por um ideal, o de revitalizar um muro feio e abandonado''. Outro projeto foi dar nova vida e visual à Biblioteca Clarice Lispector, no bairro da Lapa, em São Paulo.

''Temos que olhar para nossos bairros, nossos problemas e unir forças na revitalização dos espaços'', diz.

Matéria produzida para o site Bradesco Universitarios em 14/06/2011

 
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